terça-feira, 30 de abril de 2013

ATIVIDADES REALIZADAS NO DIA 10/04/2013

Paralelo entre a historia da escrita e a hipótese de desenvolvimento da escrita na teoria de Emília Ferreiro

Este trabalho teve como objetivo analisar como ocorreu a evolução da escrita e os níveis de desenvolvimento pelo qual a criança passa, bem como expor os níveis de desenvolvimento pelo qual a criança se apropria da escrita na Teoria de Emília Ferreiro, propondo novas atividades que auxiliem e contribuam no processo de desenvolvimento da escrita da criança.

Breve fundamentos

O processo de desenvolvimento da escrita ocorre em vários níveis na criança, e o professor deve estar atento a esses níveis respeitando o processo de aprendizagem do educando. Algumas atividades podem ser trabalhadas nesse processo de apropriação da escrita tais como: bingo dos nomes, formando palavras, dominó das silabas, pescaria com figuras para serem associadas a faixa do alfabeto, entre outros que podem auxiliar o professor na sala de aula.
A linguagem e a escrita estão presentes em tudo que conhecemos e é algo necessário para nossa convivência no meio social, pois é pela linguagem que o homem estabelece relações uns com os outros.
A história da escrita se caracteriza pela escrita de desenhos que representavam as ideias a realidade e a vida, porém esses desenhos ao longo dos anos foram perdendo alguns de seus traços mais importantes dos objetos que retratavam tornando-se apenas convenção da escrita.
Cagliari (2004) explica que a escrita era dividida por fases que se caracterizam como pictórica que se expressava por desenhos, a fase ideográfica que se apresentava por desenhos especiais denominados ideogramas, já na fase alfabética se caracteriza pelo o uso de letras. Com base nisso a escrita sempre esteve em constante evolução na procura de melhoria para desenvolver sua evolução.

A escrita seja ela qual for sempre foi uma maneira de representar a memória coletiva, religiosa, mágica, cientifica, política, artística, cultural. A invenção do livro e sobretudo da imprensa são grandes marcos da história da humanidade, depois é claro, da própria invenção da escrita. CAGLIARI (2004, p.112).

O docente deve estar atento a todas essas transformações pela qual a escrita passou, para que possa entender que o processo de apropriação da escrita que a criança passa não é algo simples, e escolha de metodologias e atividades que possam contribuir significativamente na aprendizagem devem ser levados em considerações pelo professor.
Segundo Emília Ferreiro a aprendizagem da escrita divide-se em fases ou níveis de representação pelas crianças, ela afirma que a criança também faz desenhos para representar suas ideias e sua realidade.
Ferreiro (1985) afirma que as crianças não aprendem simplesmente porque veem letras escritas e sim porque se propõem a compreender porque essas marcas gráficas são diferentes das outras. Não aprendem simplesmente porque veem e escutam e sim porque elaboram o que recebem, porque trabalham cognitivamente com que o meio lhes oferece “[...] antes de atingir a idade escolar, a criança já aprendeu e assimilou um certo número de técnicas que prepara o caminho para escrita, técnicas que capacita, e que tornaram incomensuravelmente mais fácil aprender o conceito e a técnica da escrita.”
Na escola a criança aprenderá um sistema de signos padronizado, culturalmente elaborado, a aprendizagem da escrita acontece por meio da mediação, o professor é responsável por este processo de mediação. Por isso a importância do professor compreender como acontece a apropriação da escrita pelas crianças com base na teoria de Ferreiro.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Os jogos têm um papel social muito importante, ele auxilia no desenvolvimento da cognição do individuo e de algumas faculdades mentais, como: percepção, memória, pensamento, imaginação e linguagem.
Sendo assim foi selecionado para trabalhar com os alunos (normalistas) o bingo dos nomes, jogo de formar palavras e pescaria com figuras.
O bingo dos nomes é uma proposta para a alfabetização, no qual se associa as primeiras fases da Emilia Ferreiro, pois trabalha com o reconhecimento das letras do alfabeto, partindo do próprio nome da criança.



O jogo de formar palavras tem por objetivo trabalhar o funcionamento do sistema alfabético com as crianças, com este jogo, os alunos podem compreender como a palavra é formada. De acordo com a teoria de Emilia Ferreiro, esta atividade pode ser trabalhada na fase pré-silábica e silábica, no qual se insere nos vários níveis de desenvolvimento pelo qual a criança passa.




A atividade da pescaria tem por objetivo auxiliar a criança no reconhecimento das letras do alfabeto e na formação das palavras, contribuindo com o processo de alfabetização do aluno.




CONTRIBUIÇÃO DA ATIVIDADE PARA A FORMAÇÃO DOCENTE

Ao trabalhar a história da escrita em paralelo à teoria de Emília Ferreiro espera-se que os alunos (normalistas) possam compreender o processo de desenvolvimento da criança e os níveis de aprendizado pelos quais a criança passa. 

REFERÊNCIAS:
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. São Paulo, 2004
AZENHA, Maria da Graça. Imagens e Letras; Ferreiro e Luria, duas teorias psicogenéticas. 1995.

FERREIRO, Emília. A representação da linguagem e o processo de alfabetização. São Paulo, 1985.