As
contribuições das noções geográficas no processo de ensino aprendizagem dos
anos iniciais do ensino fundamental
Este trabalho teve como intuito desenvolver
atividades pedagógicas para orientar o trabalho dos futuros professores sobre
os conceitos e conteúdos geográficos, com propostas que auxiliem e contribuam
no processo de desenvolvimento da leitura/escrita e no ensino da geografia.
A geografia tem como objeto de ensino o espaço
geográfico, e este é histórico e socialmente produzido. O que exige a
compreensão das relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza,
por meio do processo de trabalho e das relações sociais de produção. O
Currículo Básico traz como objetivo de ensino da geografia, desenvolver no
aluno a capacidade de observar, analisar e interpretar criticamente a realidade
para posteriormente apontar as possibilidades de transformações, fazer a
relação homem-meio/organização do espaço pelo homem. O ensino da geografia visa desenvolver
o raciocínio geográfico e a formação de uma consciência espacial, partindo da
maneira em que a geografia lê o mundo e estuda a sociedade. Com isso a
geografia não pode mais ser entendida como o “estudo da terra”, e sim como o
estudo da organização do espaço pela sociedade humana. A mesma deve ser
ensinada de maneira que venha perceber e reconhecer que o espaço é uma dimensão
da sociedade, é ele que da condição para a sociedade ser o que é, devendo
perpassar os conteúdos e atividades escolares da Geografia.
O processo de ensino da
geografia nos anos iniciais deve ser gradativo, com trabalhos pedagógicos a partir da seleção
e planejamento dos mais variados materiais que permitam observar e analisar os
conceitos geográficos por meio das representações gráficas e cartográficas, dos
jogos, brincadeiras, dramatizações, histórias infantis, aulas de campo, leitura
de imagens e outros instrumentos que desenvolvam o raciocínio O professor
necessita focar seu trabalho entre os conceitos cotidianos e científicos,
possibilitando ao aluno a apropriação do conhecimento sistematizado sobre os
fenômenos geográficos.
Atividades propostas:
Caça ao tesouro: Percorrer os espaços da escola. Objetivo: trabalhar
noção de espaços, a lateralidade, identificando a localização dos espaços.
Calendário: Produção do calendário em sala de aula,
contendo mês, ano, dias da semana, quantidade de semanas no mês, rotina,
aniversários, hoje o dia está:. Objetivo: trabalhar a noção de
tempo por meio do calendário, enfocando o ontem e hoje, a rotina da sala de
aula.
Explicação sobre como utilizar em sala de aula o calendário pedagógico
Alunas normalistas manuseando o material para melhor compreensão de como utilizá-lo como recurso didático
Mapear o próprio eu. Nessa atividade o aluno se deita sobre a folha
de papel craft, e o professor ou o aluno faz o risco contornando o seu corpo,
feito isso, o aluno deverá nomear as partes de seu corpo e pintar o molde do
corpo que foi feito e por fim fazer uma legenda colocando os nomes referentes
às cores que ele pintou. Objetivo: auxiliar para que o aluno tome consciência
de sua estatura, das posições dos seus membros e dos lados do seu corpo, pois
ao mapear o próprio corpo ele estará generalizando, observando a
proporcionalidade e selecionando os elementos mais significativos.
Explicação sobre como trabalhar com o mapa corporal
Maquete da sala de aula. Primeiramente a
criança vai observar a sala de aula para identificarem os pontos de referências
às localidades dos objetos. Feito isso deverão fazer uma planta da sala em uma
folha de papel sulfite, para posteriormente estar montando a maquete. Objetivo: a
maquete servirá de base para explorar as projeções do espaço vivido (sala de
aula) para o espaço representado ( planta e a maquete).
Desenho da quadra onde moram. Nessa representação
identificar os vizinhos da direita, da esquerda. Desenho do trajeto percorrido
entre a casa e a escola, lembrando-os de observar os nomes das ruas, tipos de
estabelecimentos, direções, etc.
Construção de uma linha do tempo para
compreender como foi surgindo e se modificando o município e o bairro. Planta
baixa do bairro.
Mapa do bairro dos “Meus Sonhos”, ou seja,
sugerir aos alunos que imaginem ter poderes para modificar o bairro, sendo que
o objetivo é levar os alunos a criar visões alternativas, modificando praças,
construindo hospitais, enfim, possibilitar ao aluno uma visão critica sobre as
transformações, bem como os problemas existentes no bairro e melhorias.
Aulas de campo, entrevistas com moradores,
pesquisas em jornais, revistas, dados culturais e demográficas, analise de
fotos e documentos, para identificar as transformações ocorridas neste espaço.
Objetivo: Trabalhar a leitura e escrita,
possibilitando aos educandos um despertar do pensamento geográfico e o
entendimento sobre o bairro e o local em que vivem, desenvolvendo noções de
orientação e localização, bem como discutir historicamente as transformações ocorridas
no espaço modificado pelo homem.
Erosão no solo. Por meio de aula de campo, levar os alunos
para a “Estrada Boiadeira” em Campo Mourão para que estes possam analisar
o fenômeno causado pela Erosão no solo, explicando aos mesmos que a erosão é um
processo de deslocamento da terra ou de rochas de uma superfície, podendo
ocorrer por meio de fenômenos da natureza ou provocados pelo ser humano.
Realizar experiência, para melhor compreensão dos alunos, utilizando dois
recipientes de terra um com vegetação e outro danificado devido as condições da
natureza e transformações causadas pelo homem. Objetivos: auxiliar
o aluno a compreender que o processo da erosão é um fenômeno que pode ser
observado no espaço do próprio município e em outros locais, destacando
conteúdos que abrangem espaço, territorialidade, auxiliar o aluno na
compreensão de que a localização do município dentro do estado.
Mapas. Trabalhar o
desenvolvimento da leitura e interpretação de mapas e sua importância para
representação e localização no espaço e tempo em que vivemos.
quebra-cabeça
CONTRIBUIÇÃO DA
ATIVIDADE PARA A FORMAÇÃO DOCENTE
O trabalho com
conteúdos geográficos é importante no processo de ensino/aprendizagem nos anos
iniciais do ensino fundamental. Assim, este trabalho contribui para os alunos
(normalistas) conhecer as possibilidades de se trabalhar com as noções
geográficas por meio de metodologias diferenciadas das que se encontram
presentes nos livros didáticos e das que permearam o ensino dessa disciplina
durante muito tempo.
Dessa maneira, entendemos que cabe ao professor
buscar nas diferentes linguagens novos instrumentos que o auxilie
pedagogicamente, possibilitando ao aluno a apropriação do conhecimento
sistemático em torno da geograficidade dos fenômenos, uma vez que o objeto de
estudo do pedagogo é o fenômeno educativo em suas múltiplas linguagens e relações,
materializadas na articulação entre os conhecimentos produzidos na prática
social e educativa.
REFERÊNCIAS:
ALMEIDA,
Rosângela Dion de. Passini, Elza Yasuko. O
espaço geográfico: ensino e representações. São Paulo: Contexto, 2006.
CASCAVEL. Currículo Básico para Escola Publica
Municipal: Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais. Cascavel,
2007.
CASTELLAR,
Sônia; VILHENA, Jerusa. Ensino de
Geografia. São Paulo: Cengage Learning, 2010. ( Coleção ideias em ação/
coordenadora Anna Maria Pessoa de Carvalho).
CASTROGIOVANNI,
Antonio Carlos. CALLAI, Helena Copetti. e KAERCHER Nestor André. Ensino de geografia: práticas e
textualizações no cotidiano. Porto Alegre: mediação, 2000.
CAVALCANTI, Lana
de Souza. Geografia, escola e construção
de conhecimentos. 11ª ed. 2008 –Campinas, SP: Papirus, 1998.
PARANÁ,
Secretaria de Estado da Educação. Ensino
Fundamental de Nove Anos:
Orientações
Pedagógicas para os Anos Iniciais. Curitiba,
2010.
PASSINI,
Elza Yasuko. Prática de ensino de
geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007.
PENTEADO,
Heloisa Dupas. Metodologia do ensino de
história e geografia. São Paulo: Cortez, 1992.
As contribuições das noções geográficas no processo de ensino aprendizagem dos anos iniciais do ensino fundamental
Este trabalho teve como intuito desenvolver
atividades pedagógicas para orientar o trabalho dos futuros professores sobre
os conceitos e conteúdos geográficos, com propostas que auxiliem e contribuam
no processo de desenvolvimento da leitura/escrita e no ensino da geografia.
A geografia tem como objeto de ensino o espaço
geográfico, e este é histórico e socialmente produzido. O que exige a
compreensão das relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza,
por meio do processo de trabalho e das relações sociais de produção. O
Currículo Básico traz como objetivo de ensino da geografia, desenvolver no
aluno a capacidade de observar, analisar e interpretar criticamente a realidade
para posteriormente apontar as possibilidades de transformações, fazer a
relação homem-meio/organização do espaço pelo homem. O ensino da geografia visa desenvolver
o raciocínio geográfico e a formação de uma consciência espacial, partindo da
maneira em que a geografia lê o mundo e estuda a sociedade. Com isso a
geografia não pode mais ser entendida como o “estudo da terra”, e sim como o
estudo da organização do espaço pela sociedade humana. A mesma deve ser
ensinada de maneira que venha perceber e reconhecer que o espaço é uma dimensão
da sociedade, é ele que da condição para a sociedade ser o que é, devendo
perpassar os conteúdos e atividades escolares da Geografia.
O processo de ensino da
geografia nos anos iniciais deve ser gradativo, com trabalhos pedagógicos a partir da seleção
e planejamento dos mais variados materiais que permitam observar e analisar os
conceitos geográficos por meio das representações gráficas e cartográficas, dos
jogos, brincadeiras, dramatizações, histórias infantis, aulas de campo, leitura
de imagens e outros instrumentos que desenvolvam o raciocínio O professor
necessita focar seu trabalho entre os conceitos cotidianos e científicos,
possibilitando ao aluno a apropriação do conhecimento sistematizado sobre os
fenômenos geográficos.
Atividades propostas:
Caça ao tesouro: Percorrer os espaços da escola. Objetivo: trabalhar
noção de espaços, a lateralidade, identificando a localização dos espaços.
Calendário: Produção do calendário em sala de aula,
contendo mês, ano, dias da semana, quantidade de semanas no mês, rotina,
aniversários, hoje o dia está:. Objetivo: trabalhar a noção de
tempo por meio do calendário, enfocando o ontem e hoje, a rotina da sala de
aula.
Explicação sobre como utilizar em sala de aula o calendário pedagógico |
Alunas normalistas manuseando o material para melhor compreensão de como utilizá-lo como recurso didático |
Mapear o próprio eu. Nessa atividade o aluno se deita sobre a folha
de papel craft, e o professor ou o aluno faz o risco contornando o seu corpo,
feito isso, o aluno deverá nomear as partes de seu corpo e pintar o molde do
corpo que foi feito e por fim fazer uma legenda colocando os nomes referentes
às cores que ele pintou. Objetivo: auxiliar para que o aluno tome consciência
de sua estatura, das posições dos seus membros e dos lados do seu corpo, pois
ao mapear o próprio corpo ele estará generalizando, observando a
proporcionalidade e selecionando os elementos mais significativos.
Explicação sobre como trabalhar com o mapa corporal |
Maquete da sala de aula. Primeiramente a
criança vai observar a sala de aula para identificarem os pontos de referências
às localidades dos objetos. Feito isso deverão fazer uma planta da sala em uma
folha de papel sulfite, para posteriormente estar montando a maquete. Objetivo: a
maquete servirá de base para explorar as projeções do espaço vivido (sala de
aula) para o espaço representado ( planta e a maquete).
Desenho da quadra onde moram. Nessa representação
identificar os vizinhos da direita, da esquerda. Desenho do trajeto percorrido
entre a casa e a escola, lembrando-os de observar os nomes das ruas, tipos de
estabelecimentos, direções, etc.
Construção de uma linha do tempo para
compreender como foi surgindo e se modificando o município e o bairro. Planta
baixa do bairro.
Mapa do bairro dos “Meus Sonhos”, ou seja,
sugerir aos alunos que imaginem ter poderes para modificar o bairro, sendo que
o objetivo é levar os alunos a criar visões alternativas, modificando praças,
construindo hospitais, enfim, possibilitar ao aluno uma visão critica sobre as
transformações, bem como os problemas existentes no bairro e melhorias.
Aulas de campo, entrevistas com moradores,
pesquisas em jornais, revistas, dados culturais e demográficas, analise de
fotos e documentos, para identificar as transformações ocorridas neste espaço.
Objetivo: Trabalhar a leitura e escrita,
possibilitando aos educandos um despertar do pensamento geográfico e o
entendimento sobre o bairro e o local em que vivem, desenvolvendo noções de
orientação e localização, bem como discutir historicamente as transformações ocorridas
no espaço modificado pelo homem.
Erosão no solo. Por meio de aula de campo, levar os alunos
para a “Estrada Boiadeira” em Campo Mourão para que estes possam analisar
o fenômeno causado pela Erosão no solo, explicando aos mesmos que a erosão é um
processo de deslocamento da terra ou de rochas de uma superfície, podendo
ocorrer por meio de fenômenos da natureza ou provocados pelo ser humano.
Realizar experiência, para melhor compreensão dos alunos, utilizando dois
recipientes de terra um com vegetação e outro danificado devido as condições da
natureza e transformações causadas pelo homem. Objetivos: auxiliar
o aluno a compreender que o processo da erosão é um fenômeno que pode ser
observado no espaço do próprio município e em outros locais, destacando
conteúdos que abrangem espaço, territorialidade, auxiliar o aluno na
compreensão de que a localização do município dentro do estado.
Mapas. Trabalhar o
desenvolvimento da leitura e interpretação de mapas e sua importância para
representação e localização no espaço e tempo em que vivemos.
quebra-cabeça |
CONTRIBUIÇÃO DA
ATIVIDADE PARA A FORMAÇÃO DOCENTE
O trabalho com
conteúdos geográficos é importante no processo de ensino/aprendizagem nos anos
iniciais do ensino fundamental. Assim, este trabalho contribui para os alunos
(normalistas) conhecer as possibilidades de se trabalhar com as noções
geográficas por meio de metodologias diferenciadas das que se encontram
presentes nos livros didáticos e das que permearam o ensino dessa disciplina
durante muito tempo.
Dessa maneira, entendemos que cabe ao professor buscar nas diferentes linguagens novos instrumentos que o auxilie pedagogicamente, possibilitando ao aluno a apropriação do conhecimento sistemático em torno da geograficidade dos fenômenos, uma vez que o objeto de estudo do pedagogo é o fenômeno educativo em suas múltiplas linguagens e relações, materializadas na articulação entre os conhecimentos produzidos na prática social e educativa.
Dessa maneira, entendemos que cabe ao professor buscar nas diferentes linguagens novos instrumentos que o auxilie pedagogicamente, possibilitando ao aluno a apropriação do conhecimento sistemático em torno da geograficidade dos fenômenos, uma vez que o objeto de estudo do pedagogo é o fenômeno educativo em suas múltiplas linguagens e relações, materializadas na articulação entre os conhecimentos produzidos na prática social e educativa.
REFERÊNCIAS:
ALMEIDA,
Rosângela Dion de. Passini, Elza Yasuko. O
espaço geográfico: ensino e representações. São Paulo: Contexto, 2006.
CASCAVEL. Currículo Básico para Escola Publica
Municipal: Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais. Cascavel,
2007.
CASTELLAR,
Sônia; VILHENA, Jerusa. Ensino de
Geografia. São Paulo: Cengage Learning, 2010. ( Coleção ideias em ação/
coordenadora Anna Maria Pessoa de Carvalho).
CASTROGIOVANNI,
Antonio Carlos. CALLAI, Helena Copetti. e KAERCHER Nestor André. Ensino de geografia: práticas e
textualizações no cotidiano. Porto Alegre: mediação, 2000.
CAVALCANTI, Lana
de Souza. Geografia, escola e construção
de conhecimentos. 11ª ed. 2008 –Campinas, SP: Papirus, 1998.
PARANÁ,
Secretaria de Estado da Educação. Ensino
Fundamental de Nove Anos:
Orientações
Pedagógicas para os Anos Iniciais. Curitiba,
2010.
PASSINI,
Elza Yasuko. Prática de ensino de
geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007.
PENTEADO,
Heloisa Dupas. Metodologia do ensino de
história e geografia. São Paulo: Cortez, 1992.
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