terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Tema trabalhado no mês de novembro e início de dezembro de 2013

As contribuições das noções geográficas no processo de ensino aprendizagem dos anos iniciais do ensino fundamental

 Este trabalho teve como intuito desenvolver atividades pedagógicas para orientar o trabalho dos futuros professores sobre os conceitos e conteúdos geográficos, com propostas que auxiliem e contribuam no processo de desenvolvimento da leitura/escrita e no ensino da geografia.

A geografia tem como objeto de ensino o espaço geográfico, e este é histórico e socialmente produzido. O que exige a compreensão das relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, por meio do processo de trabalho e das relações sociais de produção. O Currículo Básico traz como objetivo de ensino da geografia, desenvolver no aluno a capacidade de observar, analisar e interpretar criticamente a realidade para posteriormente apontar as possibilidades de transformações, fazer a relação homem-meio/organização do espaço pelo homem. O ensino da geografia visa desenvolver o raciocínio geográfico e a formação de uma consciência espacial, partindo da maneira em que a geografia lê o mundo e estuda a sociedade. Com isso a geografia não pode mais ser entendida como o “estudo da terra”, e sim como o estudo da organização do espaço pela sociedade humana. A mesma deve ser ensinada de maneira que venha perceber e reconhecer que o espaço é uma dimensão da sociedade, é ele que da condição para a sociedade ser o que é, devendo perpassar os conteúdos e atividades escolares da Geografia.

O processo de ensino da geografia nos anos iniciais deve ser gradativo, com trabalhos pedagógicos a partir da seleção e planejamento dos mais variados materiais que permitam observar e analisar os conceitos geográficos por meio das representações gráficas e cartográficas, dos jogos, brincadeiras, dramatizações, histórias infantis, aulas de campo, leitura de imagens e outros instrumentos que desenvolvam o raciocínio O professor necessita focar seu trabalho entre os conceitos cotidianos e científicos, possibilitando ao aluno a apropriação do conhecimento sistematizado sobre os fenômenos geográficos.

Atividades propostas:

Caça ao tesouro: Percorrer os espaços da escola. Objetivo: trabalhar noção de espaços, a lateralidade, identificando a localização dos espaços.



Calendário: Produção do calendário em sala de aula, contendo mês, ano, dias da semana, quantidade de semanas no mês, rotina, aniversários, hoje o dia está:. Objetivo: trabalhar a noção de tempo por meio do calendário, enfocando o ontem e hoje, a rotina da sala de aula.
Explicação sobre como utilizar em sala de aula o calendário pedagógico

Alunas normalistas manuseando o material para melhor compreensão de como utilizá-lo como recurso didático



Mapear o próprio eu. Nessa atividade o aluno se deita sobre a folha de papel craft, e o professor ou o aluno faz o risco contornando o seu corpo, feito isso, o aluno deverá nomear as partes de seu corpo e pintar o molde do corpo que foi feito e por fim fazer uma legenda colocando os nomes referentes às cores que ele pintou. Objetivo: auxiliar para que o aluno tome consciência de sua estatura, das posições dos seus membros e dos lados do seu corpo, pois ao mapear o próprio corpo ele estará generalizando, observando a proporcionalidade e selecionando os elementos mais significativos.
Explicação sobre como trabalhar com o mapa corporal


Maquete da sala de aula. Primeiramente a criança vai observar a sala de aula para identificarem os pontos de referências às localidades dos objetos. Feito isso deverão fazer uma planta da sala em uma folha de papel sulfite, para posteriormente estar montando a maquete. Objetivo: a maquete servirá de base para explorar as projeções do espaço vivido (sala de aula) para o espaço representado ( planta e a maquete).
Maquete representando uma sala de aula (produzida em caixa de papelão)



Desenho da quadra onde moram. Nessa representação identificar os vizinhos da direita, da esquerda. Desenho do trajeto percorrido entre a casa e a escola, lembrando-os de observar os nomes das ruas, tipos de estabelecimentos, direções, etc.
Construção de uma linha do tempo para compreender como foi surgindo e se modificando o município e o bairro. Planta baixa do bairro.
Mapa do bairro dos “Meus Sonhos”, ou seja, sugerir aos alunos que imaginem ter poderes para modificar o bairro, sendo que o objetivo é levar os alunos a criar visões alternativas, modificando praças, construindo hospitais, enfim, possibilitar ao aluno uma visão critica sobre as transformações, bem como os problemas existentes no bairro e melhorias.
Aulas de campo, entrevistas com moradores, pesquisas em jornais, revistas, dados culturais e demográficas, analise de fotos e documentos, para identificar as transformações ocorridas neste espaço.
Objetivo: Trabalhar a leitura e escrita, possibilitando aos educandos um despertar do pensamento geográfico e o entendimento sobre o bairro e o local em que vivem, desenvolvendo noções de orientação e localização, bem como discutir historicamente as transformações ocorridas no espaço modificado pelo homem.
desenho da quadra onde mora ou da escola


trajeto/caminho até a escola


Erosão no solo. Por meio de aula de campo, levar os alunos para a “Estrada Boiadeira” em  Campo Mourão para que estes possam analisar o fenômeno causado pela Erosão no solo, explicando aos mesmos que a erosão é um processo de deslocamento da terra ou de rochas de uma superfície, podendo ocorrer por meio de fenômenos da natureza ou provocados pelo ser humano. Realizar experiência, para melhor compreensão dos alunos, utilizando dois recipientes de terra um com vegetação e outro danificado devido as condições da natureza e transformações causadas pelo homem. Objetivos: auxiliar o aluno a compreender  que o processo da erosão é um fenômeno que pode ser observado no espaço do próprio município e em outros locais, destacando conteúdos que abrangem espaço, territorialidade, auxiliar o aluno na compreensão de que a localização do município dentro do estado.
Explicação com imagens sobre erosão 


Experiência sobre erosão 

Mapas. Trabalhar o desenvolvimento da leitura e interpretação de mapas e sua importância para representação e localização no espaço e tempo em que vivemos.
quebra-cabeça




CONTRIBUIÇÃO DA ATIVIDADE PARA A FORMAÇÃO DOCENTE

O trabalho com conteúdos geográficos é importante no processo de ensino/aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental. Assim, este trabalho contribui para os alunos (normalistas) conhecer as possibilidades de se trabalhar com as noções geográficas por meio de metodologias diferenciadas das que se encontram presentes nos livros didáticos e das que permearam o ensino dessa disciplina durante muito tempo.
Dessa maneira, entendemos que cabe ao professor buscar nas diferentes linguagens novos instrumentos que o auxilie pedagogicamente, possibilitando ao aluno a apropriação do conhecimento sistemático em torno da geograficidade dos fenômenos, uma vez que o objeto de estudo do pedagogo é o fenômeno educativo em suas múltiplas linguagens e relações, materializadas na articulação entre os conhecimentos produzidos na prática social e educativa.

REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, Rosângela Dion de. Passini, Elza Yasuko. O espaço geográfico: ensino e representações. São Paulo: Contexto, 2006.

CASCAVEL. Currículo Básico para Escola Publica Municipal: Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais. Cascavel, 2007.

CASTELLAR, Sônia; VILHENA, Jerusa. Ensino de Geografia. São Paulo: Cengage Learning, 2010. ( Coleção ideias em ação/ coordenadora Anna Maria Pessoa de Carvalho).

CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. CALLAI, Helena Copetti. e KAERCHER Nestor André. Ensino de geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: mediação, 2000.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. 11ª ed. 2008 –Campinas, SP: Papirus, 1998.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Ensino Fundamental de Nove Anos:
Orientações Pedagógicas para os Anos Iniciais. Curitiba, 2010.

PASSINI, Elza Yasuko. Prática de ensino de geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007.

PENTEADO, Heloisa Dupas. Metodologia do ensino de história e geografia. São Paulo: Cortez, 1992.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Atividades realizadas no mês de Setembro de 2013

O ENSINO DE HISTÓRIA, CONCEITOS E SUA RELAÇÃO COM O ENSINO E APRENDIZAGEM


Objetivo deste trabalho é orientar os futuros professores por meio de atividades pedagógicas uma nova forma de ver, pensar e de compreender a história, contribuindo para a formação do pensamento histórico, a partir da produção de conhecimento, pois a disciplina de história quando bem trabalhada e planejada com objetivos a serem atingidos pode promover a aprendizagem, fazendo com que os alunos percebam que eles fazem parte de uma história. O ensino de história tem como papel fundamental a formação da consciência histórica, possibilitando a compreensão do meio bem como a relação do sujeito um com o outro e ainda a construção de identidade.

Apesar de várias propostas para a disciplina de história serem reformuladas e apresentadas em documentos dos quais regem todo o ensino, como os Currículos e as Diretrizes, o ensino de história ainda é transmitido aos alunos de forma fragmentado. Em sua maioria, os professores passam para os seus alunos, apenas o que está escrito e proposto nos livros didáticos e nas apostilas, não usam outros instrumentos metodológicos, como outros livros, revistas, imagens, filmes e outras fontes, não realizam pesquisas e até mesmo discussões em sala com os alunos.
Ensinar história requer um dialogo permanente com diferentes saberes produzidos em diferentes níveis e espaços. Requer do professor interrogações sobre a natureza, a origem e o lugar ocupado por esses diferentes saberes, que norteiam e asseguram sua prática em sala de aula. (GUIMARÃES, 2003, p.118)

O professor deve ser um mediador em todo o processo de aprendizagem. No que se refere à mediação do professor, Vigotski (1998) enfatiza sua importância para o desenvolvimento da criança, no qual o professor deve partir do conhecimento que o aluno tem, isto é, trabalhará a zona de desenvolvimento real da criança, para que ela se aproprie de novos conhecimentos científicos sistematizados e chegue à zona de desenvolvimento potencial.


Sendo assim, no ensino de história, não é diferente. O professor deve partir dos conhecimentos que os alunos dominam e não devem transmitir apenas o que está no livro didático, não estamos colocando que o professor não deve usar o livro, mas a proposta aqui apresentada é que o livro não deve ser a única opção de fontes para o ensino de história. Para o ensino de história o professor deve buscar novas práticas e metodologias de ensino. Deve levar os alunos refletirem sobre os conteúdos expostos, buscando sempre outras fontes e materiais didáticos. 

PROPOSTAS DE ATIVIDADES

No primeiro ano do ensino fundamental é importante ressaltar para os alunos a sua história de vida, como eles então na fase inicial da alfabetização pode-se partir do próprio nome. Neste sentido iniciando uma compreensão de que eles fazem parte da história, bem como trabalhar a leitura e escrita.
Bingo dos nomes: Nesta atividade deve-se distribuir a cada criança uma cartela para que cada um escreva o seu nome. A cada letra sorteada pelo professor os alunos devem riscar de sua cartela (se tiver no seu nome). O ganhador do jogo será aquele que completar seu nome primeiro. Esta atividade tem por objetivo possibilitar aos alunos um conhecimento das letras q compõe o seu nome, bem como as dos seus colegas, enfatizando a leitura e escrita.




2º ANO
Árvore Genealógica: nesta atividade os alunos deverão pesquisar entre seus familiares os nomes e ano de nascimento das pessoas que compõem a família e anotar. Após deverão trazer as anotações realizadas e preencher a árvore genealógica em sala de aula.
Objetivos: Conhecer a formação da sua história desde seu nascimento até os dias de hoje. Reconhecer a importância da família. Entender a diversidade no âmbito familiar, respeitando a cada uma. Estabelecer noções espaciais como antes e depois.


3º ANO
(As famílias no tempo)
·        Fazer um resgate da historicidade familiar, por meio de imagens (fotos, vídeos...).
·        Identificar por meio do dialogo e da escrita, as diferenças sociais, culturais percebidas nas imagens (vestuários, composição familiar...);
·        Inserir a participação da criança na coleta de imagens de suas próprias famílias;
·        Pedir para cada uma identificar nas fotos trazidas por elas (Quem são as pessoas da fotografia? Quais os nomes dessas pessoas? Todas moram na sua casa?).
·        Elaborar um quadro com as características das imagens (as famílias do passado e da atualidade)
O objetivo é propiciar às crianças a reflexão sobre a importância das relações familiares nos vários contextos sociais, e a compreensão da construção da identidade por meio dos 3 eixos de analise que as diretrizes curriculares de história (2008) propõem: particular e geral; semelhança e diferença; continuidade/ permanência e rupturas/ transformações. Desse modo proporcionando aos futuros professores olhares diferentes para a produção de novas metodologias de ensino.




4º ANO
Conteúdo: A história do lugar onde vivemos (história local)
Atividades: pesquisar o lacal onde vive. Para ser comparado e discutido com outros locais; Poema do local onde vive.
Objetivo: trabalhar sobre a importância de conhecer a história onde vivemos, uma vez que deve-se partir da realidade do aluno, possibilitando o desenvolvimento da leitura e escrita, bem como o conhecimento cientifico.

5 ANO
Conteúdo: Imigrantes
·        Propor pesquisas no modelo de entrevista com o possível familiar imigrante, ou até mesmo alguém próximo que possa contar se teve na família alguém que migrou de um País para outro. A pesquisa pode basear em questões como: De que país você é? Quando e como chegou ao Brasil? O que levou você a imigrar para este País e para este Estado?
  • A partir das entrevistas, podem ser identificados os tipos de imigrantes existentes no cotidiano dos alunos. Em vez de o professor trabalhar os imigrantes apresentados pelo livro didático ou pela apostila, é possível selecionar os imigrantes trazidos pelos alunos. Para aprofundar nos conhecimentos científicos destes determinados imigrantes, o professor pode propor para os alunos trabalhos em grupo ou individuais, para que os mesmos possam buscar por meio de pesquisas em revistas; livros; fontes orais (entrevista com pessoas) e internet, a cultura do País, a dança, a comida típica, etc.
  • O professor pode fazer oficinas, um exemplo é se o tema for “imigrantes italianos”, os alunos podem fazer uma comida típica, neste caso o que pode ser produzido pelos alunos em sala de aula é a pizza, divididos em grupos, os alunos podem montar usando ingredientes trazidos pelo professor, assim podem usar a criatividade e o trabalho em conjunto.
·        Construção de um livro diário das aulas. O professor monta um livro e cada aluno ou grupos de alunos iram registrar o que foi feito na aula. Está é uma forma de registrar a história presente na sala de aula.
Objetivo: Expor para os alunos (normalistas) que é possível trabalhar conteúdos de história, desprendendo de um modelo tradicional e com outras fontes de materiais sem ser apenas o livro didático.



CONTRIBUIÇÃO DA ATIVIDADE PARA A FORMAÇÃO DOCENTE

O ensino de história é importante no processo de ensino/aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental, pois é  nessa etapa que se dará inicio a busca pelo conhecimento cientifico em todas as áreas do conhecimento de ensino.  Assim, este trabalho contribui para os alunos (normalistas) conhecer as possibilidades de se trabalhar com a disciplina de história por meio de metodologias diferenciadas das que se encontram presentes nos livros didáticos, desprendendo de um modelo tradicional de ensino.

Desse modo, os princípios expostos das teorias analisadas, demonstra que cabe ao professor, criar precondições teoricamente conscientes que envolvam a busca de novos conhecimentos, novas alternativas didático-pedagógicas na práxis educativa, pois um ensino planejado metodologicamente, com objetivos específicos a serem atingidos, poderá contribuir para o desenvolvimento do pensamento histórico, social e intelectual do aluno e ainda poderá realmente contribuir para a aprendizagem.

REFERÊNCIAS:
 BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.

BRUCE, Fabiana; FALCÃO, Lucia; DIDIER, Maria Tereza. História (s) e Ensino de História. In: Cadernos de Estudos Sociais da Fundação Joaquim Nabuco. Recife, vol.22, 2006

CORSÍNO, Patricia. As crianças de seis anos e as áreas do conhecimento. In: Ministerio da Educação, Secretaria de Educação Básica. Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília, 2007.Disponível em: <portal.mec.gov.br/sed/arquivos/pdf>

GUIMARÃES, Selva. Didática e prática de ensino de história: experiências, reflexões e aprendizados. Campinas: Papirus, 2011

SCHMIDT, Maria Auxiliador; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004

VIGOTSKI, L.S. A Formação Social da Mente: O Desenvolvimento dos Processos
Psicológicos Superiores. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998




quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Atividades realizadas em Agosto de 2013

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA PARA O DESENVOLVIMENTO DE FUNÇÕES PSÍQUICAS SUPERIORES


Este trabalho teve como objetivo instrumentalizar os discentes normalistas para trabalhar a música como disciplina na sala de aula, bem como fomentar a discussão sobre o ensino por meio da música na educação básica e sua importância no desenvolvimento da criança em processo de alfabetização. Assim também propor atividades que podem ser realizadas em sala de aula nos anos iniciais do ensino fundamental

A Lei n.11.769 (BRASIL, 2008), sancionada em 18 de agosto de 2008, dispõe a obrigatoriedade do ensino da música na Educação Básica a ser implantada até 2011, alterando assim a LDBEN nº 9394/96, porém a dificuldade maior está na formação dos docentes, estes se encontram despreparados para trabalhar com os alunos. Neste contexto as instituições de ensino utilizam a música nas aulas da disciplina de artes apenas como um recurso, porque infelizmente não existem profissionais qualificados para trabalhar a música como disciplina.

Com o ensino da música é possível ao aluno se tornar um sujeito crítico de transformação, uma vez que ela trabalha e desenvolve as funções psíquicas superiores, coordenação motora, percepção, pensamento, linguagem, raciocínio lógico, leitura dentre outros. A linguagem é o que permite o indivíduo se comunicar, expressar-se, organizar seus pensamentos e assim agir como sujeito de transformação de sua realidade.

Scherer (2010, p.16) afirma que “um dos aspectos fundamentais no aprendizado da música é entender que ela é uma forma de representação das visões de mundo, das maneiras de interpretar a realidade por meio de sons e silêncios”.

A música deve ser trabalhada na escola como uma disciplina com suas próprias especificidades e objetivos e o professor como mediador do processo de ensino e aprendizagem precisa atuar de maneira significativa na zona de desenvolvimento proximal do aluno para que seja possível a este aluno chegar à zona de desenvolvimento real. Somente assim a disciplina de música poderá atingir os resultados esperados, pois esta pode contribuir para a formação de uma nova concepção de homem, de sociedade e de mundo, dando oportunidades ao sujeito de atuar na sociedade como um ser ativo.

Proposta de atividades

Iniciamos comentando a importância da música para o desenvolvimento do ser humano e suas características. Explicamos o que é a música e quais são seus elementos. Após desenvolvemos atividades sobre os elementos musicais, num segundo momento faremos uma atividade voltada para o 1º ano do ensino fundamental com o objetivo de desenvolver atenção e memória, a atividade consiste em confeccionar com os alunos o jogo da memória com os instrumentos e notas musicais.




Para o 2º ano do ensino fundamental, confeccionamos o Bingo, da música, “Gente tem sobrenome” do autor e compositor TOQUINHO, esta atividade tem por objetivo auxiliar as crianças no desenvolvimento das funções psíquicas superiores tais como a linguagem, a capacidade de percepção, abstração e generalização, memória, atenção, sistematização do pensamento e formação de conceitos.


Para o 3º ano propôs-se a música “EU” do grupo PALAVRA CANTADA, após ouvir a música com os alunos discutir sobre a letra, o ritmo, e os instrumentos musicais utilizados pelos cantores e assistir ao vídeo clip, num outro momento identificar as palavras escritas erradas e fazer a correção com os alunos, pesquisar palavras desconhecidas no dicionário para saber seu significado.


A proposta do 4º ano consistiu em trabalhar a música “Aquarela do Brasil” do autor, TOQUINHO, trabalhando o contexto da música, que o autor quis dizer ao compor a música, pedir que cada aluno expresse sua opinião sobre a ideia do que se trata a música, e qual a relação da música com a realidade, após foi feito a produção coletiva de um texto no qual inicia-se com a primeira estrofe da música, esta atividade tem por objetivo proporcionar ao aluno uma reflexão critica levando-o a analisar o que esta por trás da letra da música e o que o autor quis expressar ao compor a música.


Contribuições

A música trabalhada como disciplina nos permite levar ao aluno uma metodologia diferenciada, no qual este pode aprender a ler/escrever por meio de atividades planejadas de acordo com sua realidade, contribuindo com seu desenvolvimento das funções psíquicas superiores.
Assim é de grande relevância que a música não seja compreendida como passatempo em sala de aula, mas sim com o uma disciplina que pode contribuir o desenvolvimento dos processos psíquicos superiores.

REFERÊNCIAS:
PARANÁ, Secretaria do Estado. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Artes. 2008.

SCHERER, Cleudet de Assis. A importância da Musicalização Infantil no Desenvolvimento Integral da Criança. 2011.

SCHERER, Cleudet de Assis. Musicalização e Desenvolvimento Infantil: Um Estudo com crianças de três a cinco anos. 2010.

SCHERER, Cleudet de Assis; GOULART, Áurea Maria Paes Leme. A contribuição da musicalização para o desenvolvimento das funções psíquicas. 2008


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Atividades realizadas em 11/06 - 24/06 e 31/07/2013

O uso dos jogos em sala de aula como recurso pedagógico na alfabetização/letramento


Este trabalho teve como intuito analisar como os jogos contribuem para a alfabetização/letramento e a importância de se trabalhar os diversos tipos de jogos em sala de aula, pois além de serem metodologias mais coerentes de se trabalhar com crianças, auxiliam para melhores resultados no processo de ensino e aprendizagem contribuindo com o desenvolvimento das funções psíquicas superiores.

O sentido histórico do Jogo decorre do fato de este ser uma construção humana histórica, presente desde a comunidade primitiva até os dias atuais. Por meio de seu caráter histórico pode-se apontar que ele está vinculado à cultura, a forma como o homem produziu sua existência em determinado momento histórico. Os jogos envolvem fatores “[...] sócio-econômicos-culturais [...]” Alves (2003, p.01), pois diz respeito a atividade transformadora da natureza pelo homem, o trabalho.
Para que a utilização do jogo em sala de aula alcance resultados positivos, é necessário o professor estar atento na metodologia que está utilizando, precisa selecionar muito bem qual jogo utilizará e antes de propor o jogo aos alunos é essencial que o conheça, pois se faz necessário a intervenção pedagógica, e o professor só estará apto a realizar esta intervenção se conhecer o material que está utilizando.
Quando se trabalha jogos em sala de aula, o professor auxilia no desenvolvimento do aluno e torna as aulas diferentes, pois não fica apenas em aulas repetitivas e padronizadas nas instituições escolares. O trabalho com  jogos quando bem organizados,  propicia ao educando um desenvolvimento amplo de habilidades como análise, reflexões, levantamento e hipóteses, argumentação e organização que estimulam o raciocínio lógico do aluno, isso ocorre por que quando o aluno joga ele tem a capacidade de resolver problemas e questionar sobre os mesmos, o jogo possibilita uma situação de prazer e aprendizagem ao mesmo tempo.
Os jogos além de estimular a aprendizagem e o desenvolvimento, propiciam ao educando o desenvolvimento da linguagem e a interação entre as crianças, contribui para que cada uma defenda seu ponto de vista, tornando- se um cidadão crítico e consciente. O jogo que antes era visto como descanso ou passatempo pela equipe pedagógica agora começa a ser inserido nas aulas no sentido de uma dimensão lúdica, já que a criança ao jogar desenvolve suas capacidades psíquicas.

Atividades: apresentação de diversos tipos de jogos que podem ser utilizados como recurso didático. Segue abaixo algumas fotos.

 Jogos teatrais

 

Outros
Abáco

Tapete centopeia


Parlendas

CONTRIBUIÇÃO DA ATIVIDADE PARA A FORMAÇÃO DOCENTE

Com este trabalho esperamos contribuir para o aprendizado dos alunos (normalistas) bem como para o nosso próprio aprendizado, enquanto futuras pedagogas, pois é de grande relevância que os jogos não sejam vistos como passatempo em sala de aula, mas sim como um recurso pedagógico que podem contribuir para resultados extraordinários no processo de ensino e aprendizagem.


terça-feira, 30 de abril de 2013

ATIVIDADES REALIZADAS NO DIA 10/04/2013

Paralelo entre a historia da escrita e a hipótese de desenvolvimento da escrita na teoria de Emília Ferreiro

Este trabalho teve como objetivo analisar como ocorreu a evolução da escrita e os níveis de desenvolvimento pelo qual a criança passa, bem como expor os níveis de desenvolvimento pelo qual a criança se apropria da escrita na Teoria de Emília Ferreiro, propondo novas atividades que auxiliem e contribuam no processo de desenvolvimento da escrita da criança.

Breve fundamentos

O processo de desenvolvimento da escrita ocorre em vários níveis na criança, e o professor deve estar atento a esses níveis respeitando o processo de aprendizagem do educando. Algumas atividades podem ser trabalhadas nesse processo de apropriação da escrita tais como: bingo dos nomes, formando palavras, dominó das silabas, pescaria com figuras para serem associadas a faixa do alfabeto, entre outros que podem auxiliar o professor na sala de aula.
A linguagem e a escrita estão presentes em tudo que conhecemos e é algo necessário para nossa convivência no meio social, pois é pela linguagem que o homem estabelece relações uns com os outros.
A história da escrita se caracteriza pela escrita de desenhos que representavam as ideias a realidade e a vida, porém esses desenhos ao longo dos anos foram perdendo alguns de seus traços mais importantes dos objetos que retratavam tornando-se apenas convenção da escrita.
Cagliari (2004) explica que a escrita era dividida por fases que se caracterizam como pictórica que se expressava por desenhos, a fase ideográfica que se apresentava por desenhos especiais denominados ideogramas, já na fase alfabética se caracteriza pelo o uso de letras. Com base nisso a escrita sempre esteve em constante evolução na procura de melhoria para desenvolver sua evolução.

A escrita seja ela qual for sempre foi uma maneira de representar a memória coletiva, religiosa, mágica, cientifica, política, artística, cultural. A invenção do livro e sobretudo da imprensa são grandes marcos da história da humanidade, depois é claro, da própria invenção da escrita. CAGLIARI (2004, p.112).

O docente deve estar atento a todas essas transformações pela qual a escrita passou, para que possa entender que o processo de apropriação da escrita que a criança passa não é algo simples, e escolha de metodologias e atividades que possam contribuir significativamente na aprendizagem devem ser levados em considerações pelo professor.
Segundo Emília Ferreiro a aprendizagem da escrita divide-se em fases ou níveis de representação pelas crianças, ela afirma que a criança também faz desenhos para representar suas ideias e sua realidade.
Ferreiro (1985) afirma que as crianças não aprendem simplesmente porque veem letras escritas e sim porque se propõem a compreender porque essas marcas gráficas são diferentes das outras. Não aprendem simplesmente porque veem e escutam e sim porque elaboram o que recebem, porque trabalham cognitivamente com que o meio lhes oferece “[...] antes de atingir a idade escolar, a criança já aprendeu e assimilou um certo número de técnicas que prepara o caminho para escrita, técnicas que capacita, e que tornaram incomensuravelmente mais fácil aprender o conceito e a técnica da escrita.”
Na escola a criança aprenderá um sistema de signos padronizado, culturalmente elaborado, a aprendizagem da escrita acontece por meio da mediação, o professor é responsável por este processo de mediação. Por isso a importância do professor compreender como acontece a apropriação da escrita pelas crianças com base na teoria de Ferreiro.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Os jogos têm um papel social muito importante, ele auxilia no desenvolvimento da cognição do individuo e de algumas faculdades mentais, como: percepção, memória, pensamento, imaginação e linguagem.
Sendo assim foi selecionado para trabalhar com os alunos (normalistas) o bingo dos nomes, jogo de formar palavras e pescaria com figuras.
O bingo dos nomes é uma proposta para a alfabetização, no qual se associa as primeiras fases da Emilia Ferreiro, pois trabalha com o reconhecimento das letras do alfabeto, partindo do próprio nome da criança.



O jogo de formar palavras tem por objetivo trabalhar o funcionamento do sistema alfabético com as crianças, com este jogo, os alunos podem compreender como a palavra é formada. De acordo com a teoria de Emilia Ferreiro, esta atividade pode ser trabalhada na fase pré-silábica e silábica, no qual se insere nos vários níveis de desenvolvimento pelo qual a criança passa.




A atividade da pescaria tem por objetivo auxiliar a criança no reconhecimento das letras do alfabeto e na formação das palavras, contribuindo com o processo de alfabetização do aluno.




CONTRIBUIÇÃO DA ATIVIDADE PARA A FORMAÇÃO DOCENTE

Ao trabalhar a história da escrita em paralelo à teoria de Emília Ferreiro espera-se que os alunos (normalistas) possam compreender o processo de desenvolvimento da criança e os níveis de aprendizado pelos quais a criança passa. 

REFERÊNCIAS:
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. São Paulo, 2004
AZENHA, Maria da Graça. Imagens e Letras; Ferreiro e Luria, duas teorias psicogenéticas. 1995.

FERREIRO, Emília. A representação da linguagem e o processo de alfabetização. São Paulo, 1985.